Pular para o conteúdo principal

O Que São Óleos Essenciais?

O que são óleos essenciais, são apenas o cheirinho da planta ou um cheirinho gostoso?

Não, na verdade eles são muito mais do que isso. Os óleos essenciais são substâncias químicas, concentradas e muito complexas, produzidas pelas plantas, podendo ultrapassar 300 componentes químicos dependendo do óleo. São considerados como a \"alma\" da planta e são obtidos de flores, folhas, frutos e raízes mediante diversas formas de extração. Apesar do termo “óleo”, eles não são necessariamente gordurosos, são líquidos voláteis denominados como óleos por se solubilizarem em fase oleosa e não em água. A composição dos óleos inclui elementos orgânicos como carbono, oxigênio e hidrogênio, formando moléculas de álcoois, aldeídos, ésteres, óxidos, cetonas, fenóis, hidrocarbonetos, ácidos orgânicos, compostos orgânicos nitrogenados e sulforados e, principalmente, de terpenos.

Os óleos essenciais são produzidos pelas plantas para protegê-las contra ataque de parasitas e doenças, além disso, atuam na fertilização, polinização e na proteção da radiação solar.

 

E nos seres humanos, quais as aplicações dos óleos essenciais da aromaterapia?

Na aromaterapia, os óleos essenciais podem ser utilizados sumariamente com efeitos psicológicos ou fisiológicos.

Quanto aos efeitos psicológicos, existe a psicoaromaterapia, que estuda os efeitos dos aromas dos óleos essenciais na mente humana. Os óleos essenciais possuem substâncias odoríferas que são inaladas e estimulam nossas células nervosas olfativas. Esse estímulo é capaz de desencadear reações como a ativação do sistema límbico. Nele, são processadas as informações vindas dos terminais nervosos conectados ao bulbo olfativo. O sistema límbico está diretamente relacionado aos nossos comportamentos sociais e emoções. Ele integra informações sensitivo-sensoriais com nosso estado psíquico interno. Comportamentos emocionais e sexuais, aprendizagem, memória e motivação estão intrinsecamente ligados aos estímulos sensórios. Nosso corpo atribui informação afetiva aos estímulos, relacionando-os com memórias pré-existentes, o que leva a uma resposta emocional.

Com o auxílio de um aromaterapeuta, os óleos essenciais podem afetar nosso humor de uma forma positiva e balanceada. O tratamento por meio da aromaterapia pode ajudar a combater insônia, estresse, ansiedade, dor, depressão, entre outras doenças e desconfortos.

Além dos efeitos dos óleos essenciais na mente humana, há os efeitos fisiológicos advindos de suas propriedades bactericidas, antifúngicas, antivirais, etc. Eles penetram com facilidade nossa membrana celular - cem vezes mais que a água - e se dissolvem bem nos lipídeos de nosso corpo. Muitos remédios da medicina tradicional possuem compostos extraídos de óleos essenciais, como o mentol e a cânfora.

Estudos mostram que o óleo essencial de lavanda aumenta a sonolência, melhora o humor e relaxa. Já o óleo de alecrim, por exemplo, aumenta o poder de vigilância, diminui a ansiedade e aumenta a rapidez de resposta. Há pesquisas que sugerem o uso de óleo essencial de Melissa officinalis (erva-cidreira) no tratamento para a agitação em pessoas com demência grave. Também há estudos com o óleo de melaleuca (tea tree) que sugerem que óleo essencial de melaleuca é um poderoso antimicrobiano natural e traz diversos benefícios à saúde.

Gostou? Quer saber mais sobre a Aromaterapia e o Óleos Essenciais? Então acesse o nosso Curso Completo de Aromaterapia, e torne-se você também um Aromaterapeuta de Sucesso.

Fonte: Centro Universitário São Camilo

Postagens mais visitadas deste blog

Toxicidade dos Óleos Essenciais

A maior parte das plantas tóxicas não é aromática, mas apesar dos óleos essenciais serem substâncias naturais botânicas, não estão isentos de toxicidade. Muitas vezes, o óleo essencial de uma planta pode ser tóxico e o próprio vegetal não, pois os óleos essenciais são, geralmente, setenta vezes mais concentrados que a planta da qual foram obtidos.   Os óleos essenciais com diferentes graus de toxicidade são, em ordem decrescente:  Mostarda (Brassica nigra) Arruda (Ruta graveolens) Artemísia (Artemisia vulgaris) Hissopo (Hyssopus officinalis) Absinto (Artemisia absinthium)  Erva-doce (Foeniculum vulgare).    Como exemplos de óleos essenciais que podem causar sensibilização cutânea, temos, em ordem decrescente:  Bergamota (Citrus bergamia) Cravo (Syzygium aromaticum) Canela (Cynnamomum zeylanicum) Pinho (Pinus pumilho)  Junípero (Juniperus comunis) A inalação prolongada dos óleos essenciais pode causar dores de cabeça, náuseas, alergias e outros sintomas (já que os óleos essenciais a

Óleos Essenciais e seus Principais Efeitos no Organismo

Com a utilização intensificada e prolongada dos óleos essenciais , o paciente irá apreciar emoções positivas, tais como felicidade e alegria. As emoções destrutivas nunca são estimuladas pelos óleos essenciais, pois eles têm a capacidade de desencorajá-las, diminuindo-as e até mesmo anulando-as. Assim, podem representar um papel importante na liberação e no alívio das emoções destrutivas. Qualquer aroma é capaz de interferir em nossas emoções e até de alterar sentimentos. A fragrância é capaz de induzir à mudança de humor, trazendo a sensação de bem-estar e reduzindo o estresse.   Óleos Essenciais e seus Efeitos no Organismo Alecrim (Rosmarinus officinalis) Além de ser revigorante, age contra dores de cabeça e má circulação. Bergamota (Citrus bergamia) Relaxante e antidepressivo. Esclaréia (Sálvia sclarea) Relaxante, antidepressivo e sedativo.  Gerânio (Pellargonium graveolens) Sedativo e relaxante. Hortelã (Menta Viridas) Age contra dores de cabeça, fadiga e dores musculares. Ylang-Yl

Propriedades dos Óleos Essenciais na Aromaterapia

As propriedades dos óleos essenciais dependem dos grupos funcionais presentes no composto. Segundo estudo do setor de farmácia do Centro Universitário São Camilo , os utilizados na aromaterapia são:   Monoterpenos/Sesquiterpenos: Possuem efeito anti-viral, antisséptico, bactericida e antiinflamatório. Atuam no fígado (processo de desintoxicação) e estimulam as funções glandulares. Os sesquiterpenos agem no cérebro, aumentando a quantidade de oxigênio das glândulas pituitária e pineal. Como exemplo temos o limoneno, pineno, canfeno e gamaterpineno. Estão presentes no limão, pinho e olíbano.   Ésteres: São fungicidas, sedantes e antiespasmódicos. Conferem ao produto um aroma característico frutal. Como exemplo podemos citar o acetato de linalila e salicilato de metila. Estão presentes na bergamota, sálvia e lavanda.   Aldeídos: Agem como sedante, antisséptico e antiinfeccioso. São exemplos o citral, neral e geranial e estão presentes na melissa, no capim-limão e na citronela.   Cetonas: