Pular para o conteúdo principal

Evidencias Científicas da Ventosaterapia

Um estudo de 2012 publicado na revista PLoS ONE sugere que a ventosaterapia pode ser muito mais eficaz do que um efeito placebo como afirmam alguns comentários SEM BASE CIENTÍFICA, comentários estes, feitos através achismos e preconceitos sem o conhecimento sobre a técnica.

Pesquisadores australianos e chineses avaliaram cerca de 135 estudos sobre a terapia publicados entre 1992 e 2010. Eles concluíram que a ventosaterapia pode ser muito mais eficaz quando combinada com outros tratamentos como acupuntura ou medicamentos no tratamento de várias doenças e condições, tais como:

Herpes zoster;

Acne;

Paralisia facial;

Espondilose cervical...

Mas os pesquisadores reconhecem que muitos dos estudos em sua revisão continham algum viés.  Eles afirmam que melhores estudos são necessários para tirar uma conclusão definitiva.

Uma revisão sistemática da literatura baseada em estudos clínicos disponíveis publicados desde 1958 até 2008, foi publicado por Cao et al. Os autores concluíram que a maioria dos os 550 estudos incluídos mostraram que a ventosaterapia possui um potencial benefício para condições dolorosas, além de herpes zoster, e também tosse e dispneia.

Outra revisão publicada pelos mesmos autores procurou verificar se a terapia foi eficaz ou não para várias patologias, especialmente quando combinada com outros tratamentos.

Com esta revisão, eles expandiram a pesquisa para incluir artigos publicados entre 2008 e 2010. Os 62 novos estudos indicam que a antiga prática de ventosas continua a ser uma importante modalidade terapêutica na China e está ganhando reconhecimento em outros locais. Apesar do grande número de estudos sobre esta terapia incluir estes 62 novos estudos, continua a haver uma falta de investigações bem delineada.

A avaliação de Kim publicada em 2011, mostrou que 6 de 7 ensaios analisados relataram que ventosaterapia teve um efeito positivo para a dor lombar, dor oncológica, neuralgia trigeminal, e braquialgia parestésica noturna  em comparação com os cuidados habituais, analgésicos, ou terapia de calor. Somente um estudo não encontrou efeitos superiores da terapia de ventosaterapia para a herpes zoster em comparação com a medicação.

A terapia combinada com outros tratamentos, tais como acupuntura ou medicamentos, mostrou benefícios significativos em relação a outros tratamentos sozinhos.

 

Desafios nos estudos

Outra questão é a incerteza, que continua a ser um desafio para estudos, envolvendo terapias de cura manuais, como a acupuntura, massagem e ventosaterapia. Uma meta-análise revelou que colocar a terapia combinada com outros tratamentos, tais como acupuntura ou medicamentos, mostrou benefícios significativos em relação a outros tratamentos sozinhos na perspectiva de cura para o herpes zoster, acne, paralisia facial, e espondilose cervical.

Isto parece apoiar a prática comum na China de combinar a medicina tradicional chinesa com modalidades terapêuticas, seja MTC (Medicina Tradicional Chinesa) com MTC ou MTC com a medicina ocidental (medicamentos, exercícios...), para melhorar a eficácia das terapias.

 

Efeitos colaterais

Efeitos adversos resultantes da terapia de ventosaterapia estão relacionados com equimoses (que tipicamente solucionadas dentro de alguns dias), inchaço e/ou queimaduras em alguns casos. 

Em nossa revisão, 10,34% dos estudos incluídos relataram equimoses em locais de tratamento como um leve efeito colateral com lesões desaparecendo dentro de 2-5 dias após o tratamento. Equimose é considerada uma reação normal após a ventosaterapia, que desaparecerá automaticamente em poucos dias, e não há necessidade de qualquer tratamento.

Outros eventos adversos leves foram relatados como aumento da dor ou formigamento.

O efeito a longo prazo da terapia de escovação não é conhecido, mas a prática é geralmente segura com base no uso clínico de longo prazo e os relatórios dos estudos clínicos.

 

Segurança da ventosaterapia

O uso desta técnica é geralmente seguro com base na aplicação clínica ao longo dos resultados relatados nos ensaios clínicos analisados.

Não se encontrou na literatura médica relatos de efeitos adversos mais graves.

 

Conclusão

Em conclusão, os resultados de revisões sistemáticas e evidências médicas sugerem que a ventosaterapia pode ser eficaz para várias doenças / condições, em particular, dores crônicas, e na reabilitação esportiva, além de acne, neuralgia herpética e paralisia facial.

No entanto, a principal limitação dos trabalhos foi que os ensaios, quase todos incluídos, foram avaliados com um alto risco de viés.

Estes trabalhos encontraram pelo menos uma moderada evidência de que a ventosaterapia é mais eficaz do que nenhum tratamento ou outros tratamentos (tais como a termoterapia, o tratamento usual e convencional com medicamentos) na redução da dor a curto prazo (dentro de 4 semanas).

Como tal, é necessário realizar mais ensaios clínicos randomizados que são de amostras maiores de alta qualidade a fim de se chegar a uma conclusão definitiva.

 

Referências bibliográficas

Cao H, Li X, Liu J. An updated review of the efficacy of cupping therapy. PloS one. 2012 Feb 28;7(2):e31793.

Cao H, Han M, Li X, Dong S, Shang Y, Wang Q, Xu S, Liu J. Clinical research evidence of cupping therapy in China: a systematic literature review. BMC complementary and alternative medicine. 2010 Dec;10(1):70.

Chen B, Li MY, Liu PD, Guo Y, Chen ZL. Alternative medicine: an update on cupping therapy. QJM: An International Journal of Medicine. 2014 Nov 15;108(7):523-5.

Kim JI, Kim TH, Lee MS, Kang JW, Kim KH, Choi JY, Kang KW, Kim AR, Shin MS, Jung SY, Choi SM. Evaluation of wet-cupping therapy for persistent non-specific low back pain: a randomised, waiting-list controlled, open-label, parallel-group pilot trial. Trials. 2011 Dec;12(1):146.

Gostou? Quer saber mais sobre a Ventosaterapia e seus Benefícios a Saúde? Então acesse o nosso Curso Completo de Ventosaterapia... e torne-se você também um Ventosaterapeuta de Sucesso.

Fonte: Dr. Marcus Yu Bin Pai   -   Clinica Dr. Hong Jin Pai & Associados

Postagens mais visitadas deste blog

Toxicidade dos Óleos Essenciais

A maior parte das plantas tóxicas não é aromática, mas apesar dos óleos essenciais serem substâncias naturais botânicas, não estão isentos de toxicidade. Muitas vezes, o óleo essencial de uma planta pode ser tóxico e o próprio vegetal não, pois os óleos essenciais são, geralmente, setenta vezes mais concentrados que a planta da qual foram obtidos.   Os óleos essenciais com diferentes graus de toxicidade são, em ordem decrescente:  Mostarda (Brassica nigra) Arruda (Ruta graveolens) Artemísia (Artemisia vulgaris) Hissopo (Hyssopus officinalis) Absinto (Artemisia absinthium)  Erva-doce (Foeniculum vulgare).    Como exemplos de óleos essenciais que podem causar sensibilização cutânea, temos, em ordem decrescente:  Bergamota (Citrus bergamia) Cravo (Syzygium aromaticum) Canela (Cynnamomum zeylanicum) Pinho (Pinus pumilho)  Junípero (Juniperus comunis) A inalação prolongada dos óleos essenciais pode causar dores de cabeça, náuseas, alergias e outros sintomas (já que os óleos essenciais a

Óleos Essenciais e seus Principais Efeitos no Organismo

Com a utilização intensificada e prolongada dos óleos essenciais , o paciente irá apreciar emoções positivas, tais como felicidade e alegria. As emoções destrutivas nunca são estimuladas pelos óleos essenciais, pois eles têm a capacidade de desencorajá-las, diminuindo-as e até mesmo anulando-as. Assim, podem representar um papel importante na liberação e no alívio das emoções destrutivas. Qualquer aroma é capaz de interferir em nossas emoções e até de alterar sentimentos. A fragrância é capaz de induzir à mudança de humor, trazendo a sensação de bem-estar e reduzindo o estresse.   Óleos Essenciais e seus Efeitos no Organismo Alecrim (Rosmarinus officinalis) Além de ser revigorante, age contra dores de cabeça e má circulação. Bergamota (Citrus bergamia) Relaxante e antidepressivo. Esclaréia (Sálvia sclarea) Relaxante, antidepressivo e sedativo.  Gerânio (Pellargonium graveolens) Sedativo e relaxante. Hortelã (Menta Viridas) Age contra dores de cabeça, fadiga e dores musculares. Ylang-Yl

Propriedades dos Óleos Essenciais na Aromaterapia

As propriedades dos óleos essenciais dependem dos grupos funcionais presentes no composto. Segundo estudo do setor de farmácia do Centro Universitário São Camilo , os utilizados na aromaterapia são:   Monoterpenos/Sesquiterpenos: Possuem efeito anti-viral, antisséptico, bactericida e antiinflamatório. Atuam no fígado (processo de desintoxicação) e estimulam as funções glandulares. Os sesquiterpenos agem no cérebro, aumentando a quantidade de oxigênio das glândulas pituitária e pineal. Como exemplo temos o limoneno, pineno, canfeno e gamaterpineno. Estão presentes no limão, pinho e olíbano.   Ésteres: São fungicidas, sedantes e antiespasmódicos. Conferem ao produto um aroma característico frutal. Como exemplo podemos citar o acetato de linalila e salicilato de metila. Estão presentes na bergamota, sálvia e lavanda.   Aldeídos: Agem como sedante, antisséptico e antiinfeccioso. São exemplos o citral, neral e geranial e estão presentes na melissa, no capim-limão e na citronela.   Cetonas: